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Fundamentos da embriologia: ovulação e fecundação

- ovulação ocorre 14 dias antes da menstruação. Tempo de transporte pela trompa até o útero é de 3-4 dias. Ocorre em geral em até 24h após a ovulação.



- 200-600 mi de espermatozoides são liberados e ascendem pelo trato feminino. Sofrem capacitação nesse processo.


- fecundação: fusão do óvulo com o espermatozoide, que ocorre na ampola tubária mais usualmente.

Fundamentos da embriologia: etapas da fecundação

1. Penetração dos sptz na coroa radiada: movimentação da cauda e liberação da hialuronidase presente no acrossoma.



2. Penetração dos sptz na zona pelúcida: mesmos mecanismos acima.



3. Fusão das membranas plasmáticas do sptz e do oócito: nesse momento, ocorrem mudanças na zona pelúcida, que impedem a entrada de outros sptz no oócito.



4. Término da segunda divisão meiótica do oócito secundário: estava estacionado na metáfise II. Origina o oócito maduro (pró-núcleo feminino).



5. Formação do pró-núcleo masculino: núcleo situado na cabeça do sptz, já dentro do oócito, aumenta de tamanho e forma o pró-núcleo masculino. Cauda degenera.



6. Fusão dos pró-núcleos feminino e masculino: forma nova célula, o zigoto.



Processo leva 24 horas após seu início.

Fundamentos da embriologia: fase de segmentação

- Nas primeiras 30 hrs: tem início a segmentação/clivagem, com divisão celular, sendo cada uma chamada de blastômero, cada vez menores. Rápido aumento do número total de células, mas sem aumento de massa total. Isso porque zona pelúcida ainda está presente.



- terceiro dia: ovo com 16 blastômeros (mórula) adentra a cavidade uterina, já com aspecto de esfera maciça pela compressão.



- quarto dia: cavidade se forma, com mórula se convertendo em blástula ou blastocisto.



- quarto e quinto dia: blastocisto livre no útero. Zona pelúcida degenera (hatching).

Fundamentos da embriologia: fase de blastulação

Formação do blastocisto no quarto dia.



Blastocisto constituído por:


- embrioblasto: dará origem ao concepto, vesícula amniótica, vesícula vitelina e alantoide.


- cavidade blastocística ou blastocele: cavidade formada no blastocisto.


- trofoblasto: células circundantes, envolvendo blastocele e embrioblasto. Formará a placenta.



Após hatching, ainda flutua no útero por 2 dias.

Fundamentos da embriologia: fase de nidação

Sexto dia: nidação do BLASTOCISTO -> INÍCIO DA GRAVIDEZ.



Receptividade endometrial adequada:


- decidualização: proliferação e diferenciação celular do estroma endometrial.


- fase de aposição ou orientação do blastocisto: maior parte das vezes no terço superior e porção posterior do útero, região mais vascularizada.


- fases de adesão e ruptura da barreira endotelial


- fase de invasão: processo proteolítico.


- trofoblasto origina citotrofoblasto (ancora a placenta) e sinciciotrofoblasto (invade placenta inicialmente, recobre vilosidades placentárias, transportando nutrientes e produzindo hormônios, como hCG, lactogênio placentário, etc).



> anexos embrionários:


- saco vitelínico: nutrição inicial, nos mamíferos é substituído pela placenta.


- alantoide: trocas gasosas. Nos mamíferos, incorporada na placenta.


- âmnio: forma cavidade amniótica.


- córion: forma a placenta.

Diagnóstico da gestação

(A) laboratorial (hormonal)


(B) clínico


(C) ultrassonográfico

Diagnóstico da gestação: laboratorial - introdução

Ancora-se na produção de Gonadotrofina Coriônica humana (hCG) pelo ovo. Dosa-se fração beta.


*cerca de 1 semana após a fertilização, há produção pelo trofoblasto de hCG.


*fração beta é específica do hCG. Fração alfa não.


*hCG funciona prevenindo involução do corpo lúteo, que produz progesterona nas primeiras 6-7 sem.



- beta-hCG pode ser detectado no sangue ou urina entre 8 e 11 dias após a concepção. Níveis aumentam até atingir pico em 60-90d.


Níveis menores que 5 mUI/ml são considerados negativos.


Níveis maiores que 25 mUI/ml são considerados positivos.

Diagnóstico da gestação: laboratorial - testes

A) testes imunológicos: são apenas qualitativos. Em geral, os testes caseiros de urina são imunológicos baseados na prova de inibição da hemaglutinação. Ideal esperar 10-14 dias de atraso menstrual.



B) testes radioimunológicos: sem nada digno de nota. Quantitativo.



C) Teste ELISA: quantitativo. Os de sangue em geral.

Diagnóstico da gestação: clínico - sintomas

Ideal para atrasos superiores a 12 semanas. Dispensa exame laboratorial.



Sintomas iniciais:


- náuseas: principal sintoma. 6-14 semanas. Matinais. Fracionar dieta e metoclopramida. Avaliar outras causas se aparecer após 12 semanas, ou acompanhada de febre, diarreia, cefaleia...


- sensibilidade álgica da mama


- sialorreia


- frequência urinária: polaciúria e nictúria. Desaparecem no segundo trimeste (crescimento em direção ao abdome) e reaparecem na última semana (polo cefálico).


- sonolência, fadiga, tonteira, constipação



Sintomas tardios: não são usados para dx clínico.


- dispneia


- lombalgia

Hiperêmese gravídica

Persistência de náuseas e vômitos surgidos em geral entre 6-14 sem (antes de 20). Acompanha perda de peso, desidratação, dist hidroeletrolítico... sem causas médicas específicas.



Etiopatogenia desconhecida.



Tto:


- suporte: jejum seguido de reintrodução de líquidos e sólidos, hidratação, reposição de nutrientes


- medicamentos: antieméticos (metoclopramida, ondansetrona), sedativos. Podemos associar corticoides em casos refratários (como metilprednisolona)



Complicações: encefalopatia de Wernicke (espolia B1), sd de Mallory-Weiss (evitar com IBP ou ranitidina), rotura do esôfago. Raras.

Diagnóstico da gestação: clínico - sinais de presunção/possibilidade

- atraso mentrual: suspeita após 10-14 dias de atraso.


*sinal de Hartman: 7 a 8 dias após a fecundação. Sangramento decorrente da nidação, princ em multíparas. Confunde com menstruação.



- alterações cutâneas: estrias, cloasma gravídico (hiperpigmentação da face), linha nigra (aumento de melanina na linha alba), sinal de Halban (aumento da lanugem nos limites do couro cabeludo).



-aumento do volume uterino: em 12sem é de probabilidade na verdade.


12sem: logo acima da sínfise púbica


16sem: no meio entre sínfise e umbigo


20sem: cicatriz umbilical


40sem: apêndice xifoide



-alterações mamárias: congestão e sensibilidade, tubérculos de Montgomery (gl sebáceas hipertrofiadas), colostro (a partir de 16sem), rede de Haller (aumento da vascularização venosa), sinal de Hunter (aréola secundária). Aparecem nessa ordem.



- sintomas já descritos e percepção materna de movimentos fetais.

Diagnóstico da gestação: clínico - sinais de probabilidade

Ligados ao útero, vagina, vulva...


- hCG, principalmente se <1.000, é sinal de probabilidade e não certeza.



Ver foto na dica!! Perceptíveis entre 6-8sem!



1. Sinal de Hegar: consistência elástica e amolecida princ no istmo. Permite flexão do corpo sobre colo uterino ao toque manual.


Dica: sensação nojenta, "é gaaaã"



2. Sinal de Osiander: percepção do pulso da a. vaginal ao toque vaginal. Indica útero em crescimento rápido.



3. Sinal Hozapfel: peritônio rugoso, facilitando preensão uterina.



4. Sinal de Piskacek: assimetria uterina à palpação, com abaulamento e amolecimento do sítio de nidação



5. Sinal de Nobile-Budin: ao toque bimanual, preenchimento do fundo de saco vaginal pelo útero gravídico.


Dica: nobre Budão, invertido, sentindo a cabeça dele.



6. Regra de Goodel: amolecimento do colo ao toque. Normal é ser como a cartilagem nasal, na gravidez fica como os lábios.



7. Sinal de Jacquemier ou Chadwick: coloração violácea da mucosa vulvar, vestíbulo e meato urinário.



8. Sinal de Kluge: tonalidade violácea da mucosa vaginal (congestão).



9. Aumento do volume uterino a partir de 12 sem, a nível da sínfise púbica.



*alterações do muco cervical: não sei se são de probabilidade. Mas enfim... incremento de progesterona reduz sódio na secreção. Não cristaliza formando "folhas de samambaia".

Diagnóstico da gestação: clínico - sinais de certeza

- ausculta de batimentos fetais: Pinard (20 semanas) ou sonar (10 semanas).


*Pinard: colocar no quadrante de ausculta, auscultar olhando para os pés da gestante, não segurar ele com as mãos (interfere na vibração)



- percepção de partes ou movimentos fetais: 18-20 sem. Pelo médico, não conta relato da mãe.



- sinal de Puzos: 14 sem. Rechaço fetal uterino. Impulsiona o útero, com sensação do rechaço.

Diagnóstico da gestação: ultrassonográfico

Pode ser via transabdominal ou transvaginal.


No início: melhor transvaginal (mais próximo ao feto).


Entre 11-14 sem: melhor opção varia. Qualidade da USGTV é melhor mas permite menos movimentos (para avaliar translucência nucal, por ex).


Acima de 14 sem: USG transabdominal é superior. USGTV muito distante do feto.


Obrigatório USGTV no primeiro trimestre.



Avaliação da idade gestacional: mais fidedigna entre 6-12 sem (parâmetro = comprimento cabeça-nádega, CCN).


Acurácia cai a partir de 14 sem, principais medidas: diâmetro biparietal (DBP) e comprimento do fêmur (CF).

Diagnóstico da gestação: ultrassonográfico - parâmetros

Decorar e ler a legenda...



Ver foto na dica.



Beta-hCG acima de 1.500 mUI/ml com ausência de saco gestacional levanta suspeita de implantação ectópica.



Tolerância de +- 2sem em todos os parâmetros da foto.



*se saco gestacional acima de 25mm, deve haver embrião. Se não, suspeita de ovo anembrionado.

Cronologia da gestação

Idade gestacional: parâmetro é primeiro dia da DUM. Contar número total de dias, mês a mês, respeitando 30 ou 31, e dividir por 7.



Se discordante da idade ultrassonográfica: baseia-se na DUM se na faixa de tolerância (+- 1 sem no primeiro tri, +- 2 no segundo, e +- 3 no terceiro). Se fora da faixa, segue USG.



Data provável de parto: regra de Nägele. Soma-se 7 ao dia e, em seguida, 9 ao mês. Se ultrapassar 12 meses ou 30-31 dias, adiciona-se 1 ano ou mês, respectivamente.


*Respeitar 30-31 de cada mês quando for o caso no cálculo de dias.


*se ao somarmos 7 ao dia, avançamos para outro mês, este novo mês será a base para somar 9.


*Cuidado com ano bissexto. 2020 será bissexto.

Conceitos básicos

Abortamento: antes de 20-22sem ou feto < 500g.


Aborto: produto do abortamento.


Parto prematuro: antes de 37 sem completas. E após 20-22sem.


A termo: entre 37sem completas e 42 incompletas.


Gestação prolongada: acima de 42 sem completas.

Modificações gerais do organismo materno - modificações cutâneas

A) atróficas:


- estrias gravídicas ou víbices



B) alterações vasculares: principalmente por aumento do estrogênio


- eritema palmar


- telangiectasias



C) pigmentares: hipertrofia da hipófise pela progesterona e estrogênio. Estimula melanócitos.


- linha nigrans


- cloasma/melasma gravídico: face



D) hipersecreção das glândulas sebáceas

Modificações gerais do organismo materno - modificações osteoarticulares

A) atitude involuntária de lordose lombar



B) marcha anserina: base alargada, pés para fora, passos curtos e lentos



C) compressões radiculares e lombalgia



D) relaxamento dos ligamentos do sistema articular pela embebição gravídica.

Modificações gerais do organismo materno - modificações nas mamas

A) Mastalgia



B) Tubérculos de Montgomery: gl mamárias acessórias e gl sebáceas hipertrofiadas



C) rede de Haller: aumento da vascularização venosa. Junto com extração de colostro.



D) sinal de Hunter: hiperpigmentação do mamilo e aréola secundária.



E) Estrias gravídicas



F) Preparo para lactação:


- estrogênio e progesterona aumentam receptores de prolactina na mama, porém a progesterona inibe a ligação desses com a prolactina, não havendo produção láctea na gravidez.


- com parto, progesterona cai e prolactina passa a agir.


- apojadura (descida do leite) acontece em 48-72hrs (pode demorar mais na cesariana eletiva). Até lá, colostro basta para nutrir (estômago de 2-3ml nos primeiros dias e aumenta para 60ml até 10d).


- sucção é importante, inclusive na primeira hora pós parto. Libera ocitocina, que ejeta leite.

Modificações gerais do organismo materno - modificações do útero

Principalmente por conta do estrogênio e em menor grau da progesterona.



Crescimento uterino, hipertrofia e hiperplasia dos ligamentos, aumento da vascularização.



Há giro para direita conforme cresce.



12sem: sínfise púbica


16sem: a meio caminho do umbigo


20sem: cicatriz umbilical


40sem: apêndice xifoide

Modificações gerais do organismo materno - modificações do colo uterino

Cérvice amolecido e arroxeado.


Eversão do ectocérvice, fica friável.



Muco viscoso, mais espesso e não se cristaliza (menos sódio).



Colo protegido pelo tampão mucoso.

Modificações gerais do organismo materno - modificações da trompa, ovários e vagina

Trompa: hipertrofia e menor motilidade



Ovários: cessa maturação folicular. Corpo lúteo, sob estímulo da hCG, continua a produzir progesterona, necessária nas primeiras 7sem até placenta funcionar por completo.



Vagina: violácea, pH mais ácido



Vulva: violácea, hipertrofia dos pequenos e grandes lábios e do meato uretral.

Modificações gerais do organismo materno - modificações respiratórias

Dispneia fisiológica.


Congestão nasal.


Alcalose respiratória compensada (retém mais O2 no corpo)



*aumento do pH eleva síntese de 2,3-DPG (difosfoglicerato) que se une à unidade beta hemoglobina dificultando a ligação do O2 (efeito Bohr), facilitando a passagem para as hemácias fetais (com subunidade gama, que não liga à DPG).


- O2 passa por difusão simples pela placenta



No parto: apneia e esforço muscular geram acidose metabólica.

Modificações gerais do organismo materno - modificações hemodinâmicas

Coração: sd hipercinética, aumenta FC, sopros sistólicos são comuns, desvio do eixo para E.



DC: aumenta, principalmente em decúbito lateral (liberando VCI).



RVP: cai. Placenta funciona como fístula arteriovenosa.



PA: PAS cai 3-4mmHg (cairia mais mas DC aumentado compensa), PAD cai 10-15mmHg (cai pela queda de RVP).



Pressão venosa: aumenta princ em MMII pela compressão. Pode gerar edema.



Hipotensão supina: pela compressão da VCI. Corrige com decúbito lateral.

Modificações gerais do organismo materno - modificações hematológicas

As mais cobradas...



- volume plasmático aumentado em 50%. Hemácias em 20%. Há anemia fisiológica da gravidez.


- tendência a leucocitose (monocitose) sem desvio.


- maior predisposição a infecções urinárias e pneumonias por diminuição da quimiotaxia e aderência dos leucócitos.


- plaquetas: relativamente inalteradas. Podem cair levemente.


- fatores de coagulação: aumentam enquanto diminui sistema fibrinolítico. Tendência pró-coagulante (maior risco de eventos tromboembólicos na gravidez, protege no parto, mas requer deambulação precoce logo após).

Modificações gerais do organismo materno - modificações metabólicas

Ganho ponderal de 12,5kg.



Retenção de água. Edema (hiperaldosteronismo secundário, hemodiluição com menor pressão coloidosmótica, aumento da pressão venosa).



Proteínas: apesar do aumento das ptns totais, hemodiluição diminui concentrações delas (princ da albumina). Aumenta necessidade de aporte.


- aminoácidos passam por transporte ativo pela placenta.



Carboidratos: estado diabetogênico. Hiperinsulinemia, hipoglicemia de jejum e hiperglicemia pós-prandial.


- mecanismo de resistência insulínica: ação do hormônio lactogênico placentário


- glicose passa por difusão facilitada para o feto, mesmo que mãe esteja em jejum (predispondo a hipoglicemia)



Lipídios: todas as frações aumentam.



Hipertireoidismo subclínico.



Retém sódio. Caem cálcio, magnésio, ferro, iodo.

Modificações gerais do organismo materno - modificações endócrinas

Prolactina: aumenta durante a gestação com pico ao parto. Depois decai.



- hCG estimula tireoide pois tem mesma subunidade alfa que TSH. Aumento de T3 e T4 com queda de TSH. Hipertireoidismo subclínico.

Modificações gerais do organismo materno - modificações gastrointestinais

Deslocamento do estômago e intestinos. Esvaziamento e trânsito mais lentos. Relaxamento do EEI. Menor contratilidade da vesícula. Tudo por progesterona.



Mais constipação, hemorroidas, DRGE, cálculos biliares. Menos úlcera péptica.



Aumenta FA.

Modificações gerais do organismo materno - modificações urinárias

Aumenta fluxo em 50% nos rins, aumenta TFG, caem Ur e Cr, há glicosúria fisiológica.



Pode haver, por torção uterina direita, compressão ureteral D, gerando dilatação pielocalicial.